Eduardo Jorge da Fonseca Lima
Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu do IMIP; Vice-Presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco; Membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria; Representante da Regional Pernambuco da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm); Professor da Faculdade Pernambucana de Saúde e Conselheiro do CREMEPE.
O Brasil comemora em 9 de junho o Dia Nacional da Imunização, que é também Dia Mundial. Graças ao esforço de cientistas visionários que dedicaram suas vidas a conduzir ações de imunização é que podemos comemorar a erradicação da varíola e a eliminação em quase todo o mundo de doenças terríveis, tais como a poliomielite. No campo da humanização, as vacinas ocupam um dos maiores avanços em saúde já conquistados pelo homem.
A data serve também como um alerta constante para os desafios da saúde pública brasileira e um indicador da longa jornada que ainda precisa se percorrer na eliminação de doenças preveníveis por vacinação.
O Programa Nacional de Imunização no Brasil lembra que não podemos reduzir as nossas coberturas vacinais nesta época de Covid-19. As vacinas ofertadas, estão sendo mantidas, conforme orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Caso haja uma redução ou paralisação das vacinas, os estados poderão sofrer com surtos de duas ou mais infecções. Vale lembrar que, conforme dados do Ministério da Saúde, em 2019 o país registrou mais de 18 mil casos de sarampo. Até o fim de março deste ano, a doença já havia atingido cerca de mil pessoas, sendo a maior parte no estado de São Paulo.
Caso seja necessário sair de casa para se vacinar, algumas medidas – já conhecidas do público – devem ser mantidas, como: use a máscara quando sair de casa; saia em um horário com menor movimento no posto de saúde ou onde a vacina será aplicada e todas as unidades públicas e privadas deverão manter as orientações adequadas sobre o distanciamento.