HISTÓRIA
Em 16 de junho de 1938, pediatras reuniram-se na Sala de Aulas do Hospital Infantil Manuel Almeida com o objetivo de fundar uma sociedade para o estudo dos problemas referente à saúde, cooperando com todas as instituições que se destinassem à proteção e amparo das mães e às crianças necessitadas de Pernambuco.
Pouco tempo depois, a Sociedade de Pediatria de Pernambuco foi fundada no dia 18 de junho de 1938 no Salão da Biblioteca da Casa da Criança, sede da Liga contra a Mortalidade Infantil. Sob a presidência do Prof. Octávio de Freitas, Diretor do Departamento de Saúde Pública e Assistência de Pernambuco, teve início a sessão inaugural da Sociedade de Pediatria de Pernambuco.
Estavam presentes à esta reunião e, portanto, são sócios fundadores: Dr. Octávio de Freitas, Dr. João Rodrigues, Dr. Meira Lins, Dr. José Robalinho Cavalcanti, Dr. Fernando Wanderley, Dr. João Costa, Dr. Persivo Cunha, Dr. Arlindo Noya, Dr. Breno Dhalia da Silveira, Dr. Costa Pereira, Dr. José Júlio, Dr. Francisco Dinis, Dr. Edécio Cunha, Dr. Antônio Figueira, Dr. Luis Landin, Dr. Luiz Gonzaga Porto e Dr. Milton Medeiros.
Em 3 de abril de 1979, sob a presidência do Dr. Orlando Jorge Correia, foram elaborados os Estatutos da Sociedade de Pediatria de Pernambuco.
Como sociedade civil de caráter técnico-científico, se destina: a) ao estudo de assuntos e incremento de pesquisas relativas à saúde, no desenvolvimento somato-psíquico da criança no seu bem-estar social; b) pugnar pelo levantamento do nível de assistência à infância e pelo aperfeiçoamento de conhecimentos pediátricos através de congressos, cursos ou reuniões pediátricas, locais e regionais; c) colaborar na organização de serviços de pediatria e puericultura e na elaboração de leis e regulamentos que digam respeito à criança, mantendo permanente intercâmbio com entidades federais, autárquicas ou particulares com as mesmas finalidades; d) a zelar pelo respeito à ética profissional, pelo regulamento e fiscalização do exercício da especialidade, pela obtenção de melhores condições sócio-econômicas; e) apoiar e estimular o ensino pós-graduado em pediatria, mediante credenciamento de hospitais e a divulgação com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para o concurso de especialista em Pediatria de acordo com o regulamento em vigor; f) manter contato com instituições semelhantes, nacionais e internacionais; g) apoiar, instituir ou patrocinar prêmios aos melhores trabalhos sobre Pediatria e Puericultura, e promover conclaves científicos. H) promover viagens de estudos e estimular o intercâmbio de conhecimentos pediátricos e a confraternização da classe. I) manter biblioteca e promover meios para obtenção de novas obras.
Em 1952, a Sopepe filiou-se à Sociedade Brasileira de Pediatria, beneficiando os seus associados, que passaram a ter direito à participação em congressos da Sociedade Internacional, de receberem a revista mensal da SBP, além de outros ganhos científicos. Em 1956, a Sopepe propôs o nome do Professor Antônio Figueira, seu fundados e professor catedrático de Puericultura da Faculdade de Medicina, para o cargo de presidente da Sociedade Brasileira, tornando-se o primeiro pernambucano eleito para o cargo.
A pediatria de Pernambuco passou a ter maior visibilidade nacional, a partir do destaque que o IMIP já tinha neste momento, passando a ter nas décadas seguintes, com a vocação do Recife como Pólo de Saúde no nordeste do país, serviços de grande qualidade na especialidade e gestões da Sociedade articuladas com as transformações necessárias aos novos tempos, conquistando a implantação de residências médicas em pediatria e culminando com a realização, no início da década de 1980, do XXII Congresso Brasileiro de Pediatria, no Centro de Convenções de Pernambuco.
Ao longo do tempo, a Sopepe teve papel de vanguarda no incentivo ao aleitamento materno, à vacinação em massa, à educação continuada, interiorização das suas ações, iniciativas em favor dos adolescentes, entre outros, sempre buscando a integração com vários setores da comunidade médica e do público em geral, através de campanhas públicas e difusão permanente de informações.